terça-feira, 27 de maio de 2008

Composição Política de Cuba





O sistema político cubano é um sistema escolhido soberanamente pelos próprios cubanos. É autêntico e está fundamentado na igualdade e na solidariedade entre homens e mulheres; no direito à autodeterminação, independência e justiça social. A existência de um único partido responde a fatores históricos concretos e à própria existência da nação cubana.


O Partido Comunista de Cuba é herdeiro e continuador histórico do Partido Revolucionário Cubano fundado por José Martí no século XIX, para juntar todos os cubanos e libertar Cuba do colonialismo espanhol. Muitos desses fatores, entre os que se encontram impedir a anexação de Cuba aos Estados Unidos, transcendem no tempo, pelo bloqueio e as ações agressivas que o império do norte lhe impôs ao povo cubano.


Os cubanos exercem de maneira legítima a sua participação na tomada de decisões do país, através de diversas organizações políticas e de massas (A União de Jovens Comunistas, a Central de Trabalhadores de Cuba, a Federação de Mulheres Cubanas, a Organização de Pioneiros José Martí, a Federação Estudantil Universitária, a Federação de Estudantes do Ensino Médio) e outras organizações da sociedade civil, de conformidade com os interesses, idades e prioridades.




Com o agravamento do estado de saúde de Fidel Castro, seu irmão, Raúl Castro (foto), foi eleito o novo presidente de Cuba e com ele trouxe novos "rostos" para o poder:


-- José Ramón Machado Ventura, 77 anos, ideólogo comunista radical e revolucionário da velha guarda, foi escolhido como primeiro-vice-presidente do Conselho de Estado, o que na prática o torna o número 2 do regime. Esse burocrata do partido, já calvo, foi médico num batalhão de Raúl durante a revolução. Atualmente, é o encarregado da organização do Partido Comunista, onde já tinha papel de destaque no comitê central e no birô político. Foi ele que fez o panegírico no funeral da mulher de Raúl, Wilma.


-- General Julio Casas Regueiro, 72 anos, foi nomeado ministro da Defesa no lugar de Raúl. Tornou-se também um dos cinco vice-presidentes do Conselho de Estado (abaixo da vice-presidência de Machado Ventura). Como vice-ministro da Defesa, ele já era o responsável por supervisionar o crescimento dos empreendimentos pertencentes às Forças Armadas Revolucionárias -- o que inclui hotéis, lojas, locadora de veículos e até uma companhia aérea.


-- Entre os 31 membros do Conselho de Estado há também outros generais, como Álvaro López Mieres (chefe do Estado Maior do Exército), Leopoldo Cintra Frias (comandante do oeste da ilha) e Guillermo García, que aos 82 anos é um dos três comandantes históricos da guerrilha ainda vivos (junto com Raúl e Fidel). García era um camponês que ajudou os irmãos Castro e seus homens a chegarem à Sierra Maestra depois do desastrado desembarque no iate Granma, em 1956.


-- Uma ausência notável é a de Otto Rivero, ex-dirigente da União de Jovens Comunistas, que deixa o Conselho de Estado. Rivero era um protegido de Fidel e foi responsável por vários programas ligados à "Batalha de Idéias" promovidas pelo ex-presidente.









Até o próximo post!!

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